🇷🇺🇺🇳 Posição da Rússia na 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU
⚡️ Restaurar o papel central e de coordenação da ONU nos assuntos globais, que foi comprometido como resultado das políticas de Washington e de seus satélites com o objetivo de fazer com que as Nações Unidas se adequem à sua agenda, é a prioridade principal da 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Essa tarefa está consagrada no Conceito de Política Externa da Federação da Rússia.
As atividades das Nações Unidas devem ter como objetivo principal a formação de uma ordem mundial multipolar mais justa, democrática e sustentável, com base nos princípios da Carta das Nações Unidas em sua totalidade e inter-relação, em primeiro lugar o princípio da igualdade soberana dos Estados.
As tentativas dos ocidentais de promover seu famigerado conceito de “ordem internacional baseada em regras”, que envolve a revisão da arquitetura jurídica internacional de décadas, o descrédito ou a interpretação arbitrária dos propósitos e princípios da Carta da ONU e a criação de formatos alternativos de tomada de decisões restritas que contornam a ONU, devem ser fortemente combatidas.
Devemos combater resolutamente as práticas neocoloniais viciadas empregadas pelo Ocidente coletivo para desacelerar o processo histórico objetivo do surgimento de uma ordem mundial genuinamente multipolar, manter seu domínio enfraquecido e continuar a atacar os países da maioria mundial.
👉 Isso inclui sanções unilaterais ilegais, acordos comerciais injustos, restrição de acesso a novas tecnologias, pilhagem dos recursos de estados soberanos e até mesmo intervenções militares diretas. Essas ações prejudicam as comunidades mais vulneráveis dos países afetados e atrasam a perspectiva de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
***
O objetivo da reforma do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) é colocar esse órgão em sintonia com as realidades geopolíticas modernas, aumentando a representação dos Estados do Sul e do Leste Global em seus membros. Ao mesmo tempo, as transformações não devem afetar a eficiência e a capacidade de resposta do CSNU, o que implica manter seu tamanho relativamente compacto (“pouco mais de vinte membros” — low twenties).
<...>
🤝 Apoiamos o desenvolvimento e o fortalecimento da cooperação entre a ONU e as associações regionais e sub-regionais em conformidade com o Capítulo VIII da Carta da ONU. A ONU deve aumentar a colaboração construtiva com a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (#OTSC), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), o #BRICS e União Econômica Eurasiática (#UEE), que têm um melhor entendimento das especificidades de suas respectivas áreas de responsabilidade e podem, portanto, criar sinergias com os esforços da ONU para responder aos atuais desafios e ameaças regionais.
📖 Leia mais em inglês
⚡️ Restaurar o papel central e de coordenação da ONU nos assuntos globais, que foi comprometido como resultado das políticas de Washington e de seus satélites com o objetivo de fazer com que as Nações Unidas se adequem à sua agenda, é a prioridade principal da 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Essa tarefa está consagrada no Conceito de Política Externa da Federação da Rússia.
As atividades das Nações Unidas devem ter como objetivo principal a formação de uma ordem mundial multipolar mais justa, democrática e sustentável, com base nos princípios da Carta das Nações Unidas em sua totalidade e inter-relação, em primeiro lugar o princípio da igualdade soberana dos Estados.
As tentativas dos ocidentais de promover seu famigerado conceito de “ordem internacional baseada em regras”, que envolve a revisão da arquitetura jurídica internacional de décadas, o descrédito ou a interpretação arbitrária dos propósitos e princípios da Carta da ONU e a criação de formatos alternativos de tomada de decisões restritas que contornam a ONU, devem ser fortemente combatidas.
Devemos combater resolutamente as práticas neocoloniais viciadas empregadas pelo Ocidente coletivo para desacelerar o processo histórico objetivo do surgimento de uma ordem mundial genuinamente multipolar, manter seu domínio enfraquecido e continuar a atacar os países da maioria mundial.
👉 Isso inclui sanções unilaterais ilegais, acordos comerciais injustos, restrição de acesso a novas tecnologias, pilhagem dos recursos de estados soberanos e até mesmo intervenções militares diretas. Essas ações prejudicam as comunidades mais vulneráveis dos países afetados e atrasam a perspectiva de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
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O objetivo da reforma do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) é colocar esse órgão em sintonia com as realidades geopolíticas modernas, aumentando a representação dos Estados do Sul e do Leste Global em seus membros. Ao mesmo tempo, as transformações não devem afetar a eficiência e a capacidade de resposta do CSNU, o que implica manter seu tamanho relativamente compacto (“pouco mais de vinte membros” — low twenties).
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🤝 Apoiamos o desenvolvimento e o fortalecimento da cooperação entre a ONU e as associações regionais e sub-regionais em conformidade com o Capítulo VIII da Carta da ONU. A ONU deve aumentar a colaboração construtiva com a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (#OTSC), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), o #BRICS e União Econômica Eurasiática (#UEE), que têm um melhor entendimento das especificidades de suas respectivas áreas de responsabilidade e podem, portanto, criar sinergias com os esforços da ONU para responder aos atuais desafios e ameaças regionais.
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🎙 Trechos do discurso do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia Sergey Lavrov, na reunião com alunos e professores do Instituto Estatal dos Negócios Estrangeiros de Moscou (MGIMO; 2 de setembro de 2024)
💬 As associações de integração regional, incluindo a a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), União Econômica Eurasiática (#UEE), a ASEAN, a Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), a Liga Árabe, a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC), desempenham um papel importante no atual etapa de desenvolvimento dessa multipolaridade. Fortalecendo e aumentando sua autoridade, o #BRICS está atuando cada vez mais como um coordenador informal desses processos de integração regional em nível global.
A globalização, que o Ocidente promoveu ativamente por muitos anos, foi adotada como a forma de fazer negócios entre os países nos campos da economia, tecnologia e finanças. Esse modelo de globalização está desmoronando. Os princípios nos quais ele se baseava, de acordo com as crenças de nossos colegas ocidentais - concorrência justa, inviolabilidade da propriedade, presunção de inocência, forças de mercado - foram todos descartados pelo Ocidente em um instante para punir a Federação da Rússia nesse caso.
O Ocidente vem usando um instrumento semelhante de sanções há muitas décadas contra o Irã, a Venezuela e a Coreia do Norte. Assegurando ao resto do mundo que a globalização é um bem comum, declarando (lembro-me bem de como as figuras americanas costumavam dizer) que “o dólar não é propriedade dos Estados Unidos, mas um mecanismo bem-sucedido para o funcionamento de toda a economia mundial”. Agora vemos como isso está sendo operado e como o dólar foi transformado em uma arma elementar. É por isso que a globalização está agora se regionalizando, mas a tendência de que a própria interdependência que o Ocidente tentou distorcer volte ao normal permanece e se manifestará principalmente entre essas associações regionais.
O BRICS, que já cresceu para 10 membros (e há mais de 30 países na “fila de espera”), desempenha um papel objetivo de coordenador informal. E essa será uma das direções da formação de um novo sistema multipolar.
<...>
🤝 Promoveremos os processos de integração na UEE, na CEI, na OCX, na ASEAN e, é claro, fortaleceremos a parceria estratégica com a China 🇨🇳, a Índia 🇮🇳, o Brasil 🇧🇷 e todos os outros países com os mesmos interesses, trabalhando no contexto da formação da arquitetura eurasiana. São muitos, é impossível listar todos eles.
É por isso que temos uma imagem clara e compreensível do futuro — a multipolaridade, baseada em outro princípio fundamental da Carta da ONU — a igualdade soberana dos Estados.
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💬 As associações de integração regional, incluindo a a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), União Econômica Eurasiática (#UEE), a ASEAN, a Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), a Liga Árabe, a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC), desempenham um papel importante no atual etapa de desenvolvimento dessa multipolaridade. Fortalecendo e aumentando sua autoridade, o #BRICS está atuando cada vez mais como um coordenador informal desses processos de integração regional em nível global.
A globalização, que o Ocidente promoveu ativamente por muitos anos, foi adotada como a forma de fazer negócios entre os países nos campos da economia, tecnologia e finanças. Esse modelo de globalização está desmoronando. Os princípios nos quais ele se baseava, de acordo com as crenças de nossos colegas ocidentais - concorrência justa, inviolabilidade da propriedade, presunção de inocência, forças de mercado - foram todos descartados pelo Ocidente em um instante para punir a Federação da Rússia nesse caso.
O Ocidente vem usando um instrumento semelhante de sanções há muitas décadas contra o Irã, a Venezuela e a Coreia do Norte. Assegurando ao resto do mundo que a globalização é um bem comum, declarando (lembro-me bem de como as figuras americanas costumavam dizer) que “o dólar não é propriedade dos Estados Unidos, mas um mecanismo bem-sucedido para o funcionamento de toda a economia mundial”. Agora vemos como isso está sendo operado e como o dólar foi transformado em uma arma elementar. É por isso que a globalização está agora se regionalizando, mas a tendência de que a própria interdependência que o Ocidente tentou distorcer volte ao normal permanece e se manifestará principalmente entre essas associações regionais.
O BRICS, que já cresceu para 10 membros (e há mais de 30 países na “fila de espera”), desempenha um papel objetivo de coordenador informal. E essa será uma das direções da formação de um novo sistema multipolar.
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🤝 Promoveremos os processos de integração na UEE, na CEI, na OCX, na ASEAN e, é claro, fortaleceremos a parceria estratégica com a China 🇨🇳, a Índia 🇮🇳, o Brasil 🇧🇷 e todos os outros países com os mesmos interesses, trabalhando no contexto da formação da arquitetura eurasiana. São muitos, é impossível listar todos eles.
É por isso que temos uma imagem clara e compreensível do futuro — a multipolaridade, baseada em outro princípio fundamental da Carta da ONU — a igualdade soberana dos Estados.
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🎙 Trechos da entrevista com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Alexander Pankin para a TV BRICS (10 de setembro de 2024)
💬 De acordo com o Conceito da presidência russa do BRICS em 2024, aprovado pelo presidente da Federação da Rússia Vladimir Putin, a criação de laços fortes com os países em desenvolvimento e suas associações de integração, incluindo a União Econômica Eurasiática (#UEE), a fim de aprimorar seu papel no sistema de conectividade econômica, é uma das tarefas prioritárias da presidência russa do #BRICS.
• Uma das áreas promissoras do envolvimento do BRICS com parceiros externos é também a dimensão humanitária — contatos interpessoais. Por exemplo, por meio de esportes, juventude, municípios, cooperação interpartidária e interparlamentar.
Quanto aos objetivos dessa interação, eles são óbvios: o BRICS é um elemento da governança global e, para ser um mecanismo eficaz, essa associação deve formar uma ampla rede de parceiros com todas as regiões do mundo. Defendemos consistentemente os interesses dos países em desenvolvimento, seja na Eurásia, na África ou na América Latina. Defendemos soluções coletivas para os desafios enfrentados por toda a comunidade internacional.
💬 De acordo com o Conceito da presidência russa do BRICS em 2024, aprovado pelo presidente da Federação da Rússia Vladimir Putin, a criação de laços fortes com os países em desenvolvimento e suas associações de integração, incluindo a União Econômica Eurasiática (#UEE), a fim de aprimorar seu papel no sistema de conectividade econômica, é uma das tarefas prioritárias da presidência russa do #BRICS.
• Uma das áreas promissoras do envolvimento do BRICS com parceiros externos é também a dimensão humanitária — contatos interpessoais. Por exemplo, por meio de esportes, juventude, municípios, cooperação interpartidária e interparlamentar.
Quanto aos objetivos dessa interação, eles são óbvios: o BRICS é um elemento da governança global e, para ser um mecanismo eficaz, essa associação deve formar uma ampla rede de parceiros com todas as regiões do mundo. Defendemos consistentemente os interesses dos países em desenvolvimento, seja na Eurásia, na África ou na América Latina. Defendemos soluções coletivas para os desafios enfrentados por toda a comunidade internacional.
🎙 Discurso de Sergey Lavrov na Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 às margens da 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU
📍 Nova York, 25 de setembro de 2024
Principais assuntos:
💬 O surgimento de um mundo multilateral exige uma modernização da arquitetura de governança internacional se quisermos construir uma ordem mundial mais justa e democrática baseada nos princípios duradouros da Carta das Nações Unidas em sua totalidade e interconexão.
“Como um importante fórum econômico, o G20 pode dar um forte impulso a esses processos objetivos, que são ditados pela própria vida. Acreditamos que o G20 deve aderir estritamente ao seu mandato e não se aprofundar em questões de paz e segurança e outros problemas puramente universais das Nações Unidas. É importante que as atividades de nossa plataforma sejam estritamente baseadas no princípio do consenso.
Na cúpula do G20 de 2023 em Nova Délhi, nos comprometemos juntos a fortalecer a voz dos países em desenvolvimento na tomada de decisões coletivas. Essas promessas devem ser traduzidas em ações. A reforma das instituições internacionais, que devem ser vistas como bens públicos globais, deve ser adaptada aos novos e crescentes centros de desenvolvimento global. As realidades atuais mostram que o equilíbrio no “peso” dos líderes econômicos mudou significativamente.
📈 Há dois anos, cinco membros do BRICS ultrapassaram o G7 em termos do PIB real. A projeção é de que, até 2028, os “dez” membros do BRICS produzirão cerca de 37% da produção mundial, enquanto os “sete” diminuirão para 27% ou até menos.
Ao mesmo tempo, há um rápido crescimento do continente africano e de outras regiões do Sul e do Leste Global. A Rússia está se reorientando ativamente para esses mercados. Esses mercados são a região da Ásia-Pacífico, a América Latina e o Caribe, o Sul da Ásia, o Oriente Médio e o Sudeste Asiático.
Formatos multilaterais de um novo tipo estão se tornando cada vez mais importantes, como o BRICS (que será presidido pela Rússia em 2024), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), União Econômica Eurasiática (#UEE), a ASEAN, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC).
Os projetos para vincular os esforços de integração estão ganhando força, como a iniciativa emblemática russa da Parceria da Grande Eurásia.
<…>
Houve um progresso tangível na área de desdolarização do sistema financeiro e econômico internacional. Em particular, a participação das moedas nacionais nos acordos da Rússia com os países da OCX e da UEE já ultrapassou 90%. Chegamos a 65% com nossos parceiros do #BRICS, e esse número está crescendo. A participação do dólar na estrutura de pagamentos dos membros do BRICS está agora abaixo de 29%.
<…>
No entanto, alguns mecanismos globais permanecem nas mãos do Ocidente, que está abusando deles. São particularmente preocupantes as tentativas dos Estados Unidos e de seus aliados de impor uma agenda de confronto às estruturas internacionais, tornando-as agentes de restrições unilaterais, desvios de verbas, confiscos de bens soberanos, guerras comerciais e concorrência desleal, inclusive sob a bandeira da ecologia e das mudanças climáticas.
❗️ Tudo isso é uma manifestação óbvia de neocolonialismo. Nos últimos dez anos, os países do “Ocidente coletivo” impuseram mais de 21.000 restrições ilegais somente contra a Rússia. Sua aplicação extraterritorial (e essa é a abordagem mais odiosa e ilegítima dos invasores) atinge, em primeiro lugar, os países mais pobres e os grupos populacionais mais necessitados, privando-os dos recursos energéticos, alimentos e fertilizantes disponíveis.
<…>
Outra tarefa urgente é combater o domínio e a influência de cidadãos ocidentais em cargos de chefia nas secretarias internacionais e o envolvimento excessivo de organizações não governamentais inerentemente tendenciosas no processo intergovernamental.
<…>
☝️ Devemos ser movidos pelo desejo de alcançar um multilateralismo genuíno, que é a principal garantia de estabilidade estratégica, segurança indivisível e uma economia aberta e não discriminatória.
📍 Nova York, 25 de setembro de 2024
Principais assuntos:
💬 O surgimento de um mundo multilateral exige uma modernização da arquitetura de governança internacional se quisermos construir uma ordem mundial mais justa e democrática baseada nos princípios duradouros da Carta das Nações Unidas em sua totalidade e interconexão.
“Como um importante fórum econômico, o G20 pode dar um forte impulso a esses processos objetivos, que são ditados pela própria vida. Acreditamos que o G20 deve aderir estritamente ao seu mandato e não se aprofundar em questões de paz e segurança e outros problemas puramente universais das Nações Unidas. É importante que as atividades de nossa plataforma sejam estritamente baseadas no princípio do consenso.
Na cúpula do G20 de 2023 em Nova Délhi, nos comprometemos juntos a fortalecer a voz dos países em desenvolvimento na tomada de decisões coletivas. Essas promessas devem ser traduzidas em ações. A reforma das instituições internacionais, que devem ser vistas como bens públicos globais, deve ser adaptada aos novos e crescentes centros de desenvolvimento global. As realidades atuais mostram que o equilíbrio no “peso” dos líderes econômicos mudou significativamente.
📈 Há dois anos, cinco membros do BRICS ultrapassaram o G7 em termos do PIB real. A projeção é de que, até 2028, os “dez” membros do BRICS produzirão cerca de 37% da produção mundial, enquanto os “sete” diminuirão para 27% ou até menos.
Ao mesmo tempo, há um rápido crescimento do continente africano e de outras regiões do Sul e do Leste Global. A Rússia está se reorientando ativamente para esses mercados. Esses mercados são a região da Ásia-Pacífico, a América Latina e o Caribe, o Sul da Ásia, o Oriente Médio e o Sudeste Asiático.
Formatos multilaterais de um novo tipo estão se tornando cada vez mais importantes, como o BRICS (que será presidido pela Rússia em 2024), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), União Econômica Eurasiática (#UEE), a ASEAN, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC).
Os projetos para vincular os esforços de integração estão ganhando força, como a iniciativa emblemática russa da Parceria da Grande Eurásia.
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Houve um progresso tangível na área de desdolarização do sistema financeiro e econômico internacional. Em particular, a participação das moedas nacionais nos acordos da Rússia com os países da OCX e da UEE já ultrapassou 90%. Chegamos a 65% com nossos parceiros do #BRICS, e esse número está crescendo. A participação do dólar na estrutura de pagamentos dos membros do BRICS está agora abaixo de 29%.
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No entanto, alguns mecanismos globais permanecem nas mãos do Ocidente, que está abusando deles. São particularmente preocupantes as tentativas dos Estados Unidos e de seus aliados de impor uma agenda de confronto às estruturas internacionais, tornando-as agentes de restrições unilaterais, desvios de verbas, confiscos de bens soberanos, guerras comerciais e concorrência desleal, inclusive sob a bandeira da ecologia e das mudanças climáticas.
❗️ Tudo isso é uma manifestação óbvia de neocolonialismo. Nos últimos dez anos, os países do “Ocidente coletivo” impuseram mais de 21.000 restrições ilegais somente contra a Rússia. Sua aplicação extraterritorial (e essa é a abordagem mais odiosa e ilegítima dos invasores) atinge, em primeiro lugar, os países mais pobres e os grupos populacionais mais necessitados, privando-os dos recursos energéticos, alimentos e fertilizantes disponíveis.
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Outra tarefa urgente é combater o domínio e a influência de cidadãos ocidentais em cargos de chefia nas secretarias internacionais e o envolvimento excessivo de organizações não governamentais inerentemente tendenciosas no processo intergovernamental.
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☝️ Devemos ser movidos pelo desejo de alcançar um multilateralismo genuíno, que é a principal garantia de estabilidade estratégica, segurança indivisível e uma economia aberta e não discriminatória.
🎙 Trechos de uma entrevista do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, à revista americana “Newsweek” (7 de outubro de 2024)
❓ Pergunta: Quais são os planos específicos da Rússia, de acordo com sua parceria estratégica com a China e outras potências, para realizar mudanças na atual ordem mundial, e como você acha que essas ambições serão concretizadas em regiões de alta competição e conflito, incluindo o Oriente Médio?
💬 Sergey Lavrov: É uma questão de adaptar a ordem mundial às realidades modernas. O mundo está vivendo um “momento multipolar”. A formação da multipolaridade é um processo natural de reequilíbrio de forças, refletindo mudanças objetivas na economia mundial, nas finanças e na geopolítica. Mais tarde do que outros, mas também no Ocidente, estão começando a reconhecer sua natureza irreversível.
Estamos falando do fortalecimento de novos centros de poder e de tomada de decisões no Sul e no Leste Global. Esses centros não aspiram à hegemonia, mas compreendem a importância da igualdade soberana e da diversidade civilizacional, e defendem a cooperação mutuamente benéfica e a consideração dos interesses uns dos outros.
🌐 A multipolaridade se manifesta na crescente influência das associações regionais — a União Econômica da Eurásia (#UEE), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), a #ASEAN, a União Africana, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC) e outras. O #BRICS se tornou uma referência da diplomacia multilateral. A ONU deve continuar sendo um lugar para harmonizar os interesses de todos os países.
Defendemos que todos os Estados, inclusive os Estados Unidos, cumpram suas obrigações em pé de igualdade com os demais e não encobrem o niilismo jurídico com mantras de excepcionalismo. Somos solidários com a maioria esmagadora que vê a lei internacional sendo desrespeitada impunemente em Gaza e no Líbano e, antes disso, em Kosovo, Iraque, Líbia e muitos outros lugares.
Nossos parceiros chineses podem responder por si mesmos, mas acho e sei que eles compartilham essa abordagem no entendimento básico de que a segurança e o desenvolvimento são indivisíveis e que, enquanto o Ocidente tentar dominar, os ideais de paz consagrados na Carta da ONU permanecerão no papel.
❓ Pergunta: Quais são os planos específicos da Rússia, de acordo com sua parceria estratégica com a China e outras potências, para realizar mudanças na atual ordem mundial, e como você acha que essas ambições serão concretizadas em regiões de alta competição e conflito, incluindo o Oriente Médio?
💬 Sergey Lavrov: É uma questão de adaptar a ordem mundial às realidades modernas. O mundo está vivendo um “momento multipolar”. A formação da multipolaridade é um processo natural de reequilíbrio de forças, refletindo mudanças objetivas na economia mundial, nas finanças e na geopolítica. Mais tarde do que outros, mas também no Ocidente, estão começando a reconhecer sua natureza irreversível.
Estamos falando do fortalecimento de novos centros de poder e de tomada de decisões no Sul e no Leste Global. Esses centros não aspiram à hegemonia, mas compreendem a importância da igualdade soberana e da diversidade civilizacional, e defendem a cooperação mutuamente benéfica e a consideração dos interesses uns dos outros.
🌐 A multipolaridade se manifesta na crescente influência das associações regionais — a União Econômica da Eurásia (#UEE), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), a #ASEAN, a União Africana, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC) e outras. O #BRICS se tornou uma referência da diplomacia multilateral. A ONU deve continuar sendo um lugar para harmonizar os interesses de todos os países.
Defendemos que todos os Estados, inclusive os Estados Unidos, cumpram suas obrigações em pé de igualdade com os demais e não encobrem o niilismo jurídico com mantras de excepcionalismo. Somos solidários com a maioria esmagadora que vê a lei internacional sendo desrespeitada impunemente em Gaza e no Líbano e, antes disso, em Kosovo, Iraque, Líbia e muitos outros lugares.
Nossos parceiros chineses podem responder por si mesmos, mas acho e sei que eles compartilham essa abordagem no entendimento básico de que a segurança e o desenvolvimento são indivisíveis e que, enquanto o Ocidente tentar dominar, os ideais de paz consagrados na Carta da ONU permanecerão no papel.
🗓 Em 11 de outubro, em Vientiane (Laos), o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, Sergey Lavrov, participou da 19ª Cúpula do Leste Asiático (#CLA).
Dentro da estrutura de fortalecimento da ordem mundial multipolar e da formação de um ambiente seguro e sem conflitos no cenário asiático como fator de desenvolvimento sustentável e cooperação igualitária, o lado russo reafirmou sua política de preservar e fortalecer a arquitetura dos mecanismos de cooperação criados pela Associação de Nações do Sudeste Asiático (#ASEAN).
❗️ A Parte Russa chamou a atenção dos participantes da cúpula para os sérios riscos apresentados pela criação na região de estruturas de blocos alternativos aos blocos da ASEAN, incluindo estruturas militares e político-militares. Foi destacada a crescente ameaça de militarização da região da Ásia-Pacífico, tendo como pano de fundo a expansão da presença da OTAN na região.
Além das iniciativas russas sobre a criação de um mecanismo regional para a resposta coletiva a ameaças epidêmicas e o aprofundamento da cooperação no setor de turismo, que foram previamente formalizadas pelas decisões dos líderes, os parceiros propuseram trabalhar em novas áreas para a CLA, como o apoio a áreas remotas e a interconectividade sociocultural.
Em seu discurso, Sergey Lavrov reafirmou o foco inabalável da Rússia na criação de um único espaço contínuo de desenvolvimento e segurança conjuntos na Eurásia, combinando o potencial de mecanismos multilaterais para cooperação construtiva, principalmente a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), a ASEAN e a União Econômica da Eurásia (#UEE).
Dentro da estrutura de fortalecimento da ordem mundial multipolar e da formação de um ambiente seguro e sem conflitos no cenário asiático como fator de desenvolvimento sustentável e cooperação igualitária, o lado russo reafirmou sua política de preservar e fortalecer a arquitetura dos mecanismos de cooperação criados pela Associação de Nações do Sudeste Asiático (#ASEAN).
❗️ A Parte Russa chamou a atenção dos participantes da cúpula para os sérios riscos apresentados pela criação na região de estruturas de blocos alternativos aos blocos da ASEAN, incluindo estruturas militares e político-militares. Foi destacada a crescente ameaça de militarização da região da Ásia-Pacífico, tendo como pano de fundo a expansão da presença da OTAN na região.
Além das iniciativas russas sobre a criação de um mecanismo regional para a resposta coletiva a ameaças epidêmicas e o aprofundamento da cooperação no setor de turismo, que foram previamente formalizadas pelas decisões dos líderes, os parceiros propuseram trabalhar em novas áreas para a CLA, como o apoio a áreas remotas e a interconectividade sociocultural.
Em seu discurso, Sergey Lavrov reafirmou o foco inabalável da Rússia na criação de um único espaço contínuo de desenvolvimento e segurança conjuntos na Eurásia, combinando o potencial de mecanismos multilaterais para cooperação construtiva, principalmente a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), a ASEAN e a União Econômica da Eurásia (#UEE).
🎙 Trechos da entrevista do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, Sergey Lavrov, à agência de notícias Rossiya Segodnya (5 de novembro de 2024)
❓ Pergunta: Qual é a sua avaliação do resultado da cúpula do BRICS e da conclusão da presidência do BRICS pela Rússia? Quais países são atualmente parceiros do BRICS? O que esse status significa na prática?
💬 Sergey Lavrov: A XVI Cúpula do #BRICS em Kazan foi, sem exagero, um dos eventos internacionais marcantes não apenas deste ano, mas também de todos os tempos recentes. Sua realização bem-sucedida destacou claramente a falta de sentido das tentativas de isolar a Rússia internacionalmente, empreendidas por nossos oponentes de política externa como um dos elementos de pressão sobre nosso país. A convite do Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, delegações de 35 países da Ásia, África, Oriente Médio, Europa e América Latina, chefes de órgãos executivos das Nações Unidas, do Estado da União, da União Econômica da Eurásia (#UEE), da CEI, da Cooperação de Xangai (#OCX) e o Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento vieram a Kazan. <...>
As conversas dos líderes do BRICS e seu segmento de alcance ampliado/BRICS Plus permitiram uma troca de opiniões sobre todas as principais questões internacionais. Em vista do novo agravamento no Oriente Médio, foi dada atenção especial à questão da resolução de conflitos nessa região estrategicamente importante. Também foram consideradas as perspectivas de interação entre os membros do BRICS e o Sul Global no interesse do desenvolvimento compartilhado e da segurança indivisível.
A presidência russa do BRICS continua até o final do ano de 2024. A Cúpula de Kazan foi, sem dúvida, o ponto culminante do nosso termo na presidência do BRICS, pois deu aos líderes a oportunidade de resumir pessoalmente os resultados do trabalho realizado e delinear planos para o futuro. Tanto os resultados quanto os planos estão claramente refletidos no documento conjunto adotado na cúpula — a Declaração de Kazan. <...>
Gostaria de chamar a atenção para as cláusulas da declaração que tratam da adaptação do sistema monetário e financeiro global às realidades atuais, referindo-se ao aumento do papel dos países em desenvolvimento, ao aprimoramento de sua cooperação interbancária, ao aumento da participação das moedas nacionais nas liquidações e à criação de plataformas de pagamento independentes e mecanismos de seguro no BRICS. Todas essas direções levam, em última análise, à formação de um circuito de liquidação e pagamento que não está exposto a riscos externos, e isso, como sentimos na cúpula, está atraindo cada vez mais a atenção de um número crescente de países não ocidentais. <...>
Agora, com relação à categoria de Estados Parceiros. A Cúpula aprovou seus parâmetros. Continuamos a coordenar o trabalho nessa área. Esperamos tornar públicos seus resultados durante nossa presidência antes do final deste ano.
#BRICS2024
❓ Pergunta: Qual é a sua avaliação do resultado da cúpula do BRICS e da conclusão da presidência do BRICS pela Rússia? Quais países são atualmente parceiros do BRICS? O que esse status significa na prática?
💬 Sergey Lavrov: A XVI Cúpula do #BRICS em Kazan foi, sem exagero, um dos eventos internacionais marcantes não apenas deste ano, mas também de todos os tempos recentes. Sua realização bem-sucedida destacou claramente a falta de sentido das tentativas de isolar a Rússia internacionalmente, empreendidas por nossos oponentes de política externa como um dos elementos de pressão sobre nosso país. A convite do Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, delegações de 35 países da Ásia, África, Oriente Médio, Europa e América Latina, chefes de órgãos executivos das Nações Unidas, do Estado da União, da União Econômica da Eurásia (#UEE), da CEI, da Cooperação de Xangai (#OCX) e o Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento vieram a Kazan. <...>
As conversas dos líderes do BRICS e seu segmento de alcance ampliado/BRICS Plus permitiram uma troca de opiniões sobre todas as principais questões internacionais. Em vista do novo agravamento no Oriente Médio, foi dada atenção especial à questão da resolução de conflitos nessa região estrategicamente importante. Também foram consideradas as perspectivas de interação entre os membros do BRICS e o Sul Global no interesse do desenvolvimento compartilhado e da segurança indivisível.
A presidência russa do BRICS continua até o final do ano de 2024. A Cúpula de Kazan foi, sem dúvida, o ponto culminante do nosso termo na presidência do BRICS, pois deu aos líderes a oportunidade de resumir pessoalmente os resultados do trabalho realizado e delinear planos para o futuro. Tanto os resultados quanto os planos estão claramente refletidos no documento conjunto adotado na cúpula — a Declaração de Kazan. <...>
Gostaria de chamar a atenção para as cláusulas da declaração que tratam da adaptação do sistema monetário e financeiro global às realidades atuais, referindo-se ao aumento do papel dos países em desenvolvimento, ao aprimoramento de sua cooperação interbancária, ao aumento da participação das moedas nacionais nas liquidações e à criação de plataformas de pagamento independentes e mecanismos de seguro no BRICS. Todas essas direções levam, em última análise, à formação de um circuito de liquidação e pagamento que não está exposto a riscos externos, e isso, como sentimos na cúpula, está atraindo cada vez mais a atenção de um número crescente de países não ocidentais. <...>
Agora, com relação à categoria de Estados Parceiros. A Cúpula aprovou seus parâmetros. Continuamos a coordenar o trabalho nessa área. Esperamos tornar públicos seus resultados durante nossa presidência antes do final deste ano.
#BRICS2024