Embaixada da Rússia no Brasil
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🇷🇺🇺🇳 Posição da Rússia na 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU

⚡️ Restaurar o papel central e de coordenação da ONU nos assuntos globais, que foi comprometido como resultado das políticas de Washington e de seus satélites com o objetivo de fazer com que as Nações Unidas se adequem à sua agenda, é a prioridade principal da 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Essa tarefa está consagrada no Conceito de Política Externa da Federação da Rússia.

As atividades das Nações Unidas devem ter como objetivo principal a formação de uma ordem mundial multipolar mais justa, democrática e sustentável, com base nos princípios da Carta das Nações Unidas em sua totalidade e inter-relação, em primeiro lugar o princípio da igualdade soberana dos Estados.

As tentativas dos ocidentais de promover seu famigerado conceito de “ordem internacional baseada em regras”, que envolve a revisão da arquitetura jurídica internacional de décadas, o descrédito ou a interpretação arbitrária dos propósitos e princípios da Carta da ONU e a criação de formatos alternativos de tomada de decisões restritas que contornam a ONU, devem ser fortemente combatidas.

Devemos combater resolutamente as práticas neocoloniais viciadas empregadas pelo Ocidente coletivo para desacelerar o processo histórico objetivo do surgimento de uma ordem mundial genuinamente multipolar, manter seu domínio enfraquecido e continuar a atacar os países da maioria mundial.

👉 Isso inclui sanções unilaterais ilegais, acordos comerciais injustos, restrição de acesso a novas tecnologias, pilhagem dos recursos de estados soberanos e até mesmo intervenções militares diretas. Essas ações prejudicam as comunidades mais vulneráveis dos países afetados e atrasam a perspectiva de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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O objetivo da reforma do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) é colocar esse órgão em sintonia com as realidades geopolíticas modernas, aumentando a representação dos Estados do Sul e do Leste Global em seus membros. Ao mesmo tempo, as transformações não devem afetar a eficiência e a capacidade de resposta do CSNU, o que implica manter seu tamanho relativamente compacto (“pouco mais de vinte membros” — low twenties).

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🤝 Apoiamos o desenvolvimento e o fortalecimento da cooperação entre a ONU e as associações regionais e sub-regionais em conformidade com o Capítulo VIII da Carta da ONU. A ONU deve aumentar a colaboração construtiva com a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (#OTSC), a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), o #BRICS e União Econômica Eurasiática (#UEE), que têm um melhor entendimento das especificidades de suas respectivas áreas de responsabilidade e podem, portanto, criar sinergias com os esforços da ONU para responder aos atuais desafios e ameaças regionais.

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🎙 Trechos do discurso do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia Sergey Lavrov, na reunião com alunos e professores do Instituto Estatal dos Negócios Estrangeiros de Moscou (MGIMO; 2 de setembro de 2024)

💬 As associações de integração regional, incluindo a a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), União Econômica Eurasiática (#UEE), a ASEAN, a Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), a Liga Árabe, a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (#CELAC), desempenham um papel importante no atual etapa de desenvolvimento dessa multipolaridade. Fortalecendo e aumentando sua autoridade, o #BRICS está atuando cada vez mais como um coordenador informal desses processos de integração regional em nível global.

A globalização, que o Ocidente promoveu ativamente por muitos anos, foi adotada como a forma de fazer negócios entre os países nos campos da economia, tecnologia e finanças. Esse modelo de globalização está desmoronando. Os princípios nos quais ele se baseava, de acordo com as crenças de nossos colegas ocidentais - concorrência justa, inviolabilidade da propriedade, presunção de inocência, forças de mercado - foram todos descartados pelo Ocidente em um instante para punir a Federação da Rússia nesse caso.

O Ocidente vem usando um instrumento semelhante de sanções há muitas décadas contra o Irã, a Venezuela e a Coreia do Norte. Assegurando ao resto do mundo que a globalização é um bem comum, declarando (lembro-me bem de como as figuras americanas costumavam dizer) que “o dólar não é propriedade dos Estados Unidos, mas um mecanismo bem-sucedido para o funcionamento de toda a economia mundial”. Agora vemos como isso está sendo operado e como o dólar foi transformado em uma arma elementar. É por isso que a globalização está agora se regionalizando, mas a tendência de que a própria interdependência que o Ocidente tentou distorcer volte ao normal permanece e se manifestará principalmente entre essas associações regionais.

O BRICS, que já cresceu para 10 membros (e há mais de 30 países na “fila de espera”), desempenha um papel objetivo de coordenador informal. E essa será uma das direções da formação de um novo sistema multipolar.

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🤝 Promoveremos os processos de integração na UEE, na CEI, na OCX, na ASEAN e, é claro, fortaleceremos a parceria estratégica com a China 🇨🇳, a Índia 🇮🇳, o Brasil 🇧🇷 e todos os outros países com os mesmos interesses, trabalhando no contexto da formação da arquitetura eurasiana. São muitos, é impossível listar todos eles.

É por isso que temos uma imagem clara e compreensível do futuro — a multipolaridade, baseada em outro princípio fundamental da Carta da ONU — a igualdade soberana dos Estados.

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🎙 Em 21 de outubro, o Procurador-Geral da Federação da Rússia, Igor Krasnov, discursou na sessão plenária da Cúpula dos Líderes das Procuradorias-Gerais do G20 no Rio de Janeiro.

Trechos do discurso:

💬 Ao longo da longa história da Procuradoria-Geral da Rússia, acumulamos uma experiência considerável na manutenção da sustentabilidade social e ambiental, o que é de interesse profissional para nossos colegas em plataformas multilaterais, incluindo a ONU, a Comunidade dos Estados Independentes (#CEI), #BRICS, a Organização para Cooperação de Xangai (#OCX), a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, bem como em contatos bilaterais.

Celebramos mais de 150 acordos de cooperação com as autoridades competentes de países estrangeiros, bem como programas de intercâmbio de melhores práticas em atividades de promotoria.

“Cada um de nós tem algo a oferecer ao mundo” — esse ditado popular brasileiro soa verdadeiro para todos os nossos países.

Estou convencido de que o estudo mútuo de práticas recomendadas também será procurado no formato #G20, e a estreita coordenação de ações conjuntas contra o crime transfronteiriço aumentará significativamente a eficácia da luta contra ele.